23 de dezembro de 2010

Dezembro, quente.

Já é tarde, as ruas já andam desertas perto de minha casa e o frio sente-se nos vidros das janelas. É ante-véspera de Natal, e deve ser das poucas vezes que sinto o verdadeiro espirito natalicio.
A casa está quente mas mesmo assim não dispenso a minha manta e o meu chá (que desta vez é camomila para acalmar) com as minhas bolachas a acompanhar. Sento-me ao lado da janela e observo o que se passa lá fora. Nada se vê, o meu quarto permanece escuro, e a claridade da Lua sente-se a entrar pelo meu quarto.
Envolvo as mãos na caneca do chá, o que faz aquecer as minhas mãos que andam sempre geladas. Sim, existe um pequeno provérbio que me ouvem sempre dizer "Mãos frias, coração quente", porque é bem verdade e aplica-se a mim, visto que tenho sempre estas pequenas mãos geladas, mas o meu coração permanece sempre quente.
Sim, por incrivel que pareça, depois de tanto brincarem e continuarem a brincar continuo a te-lo quente. Felizmente continuo a ter a minha irmã sempre a ajudar-me e a amparar-me as grandes quedas, apesar de continuar a achar que ela devia-me deixar aprender sozinha, mas o amor de irmã supera sempre tudo. Por mais que tentemos dizer "vais ter de aprender sozinha", acabamos sempre por dizer "eu estou aqui". Sim, ela é a grande parte de mim, e sinceramente se não a tivesse a meu lado não era nada, era uma mera coisa que por aí andava. A ela agradeço-lhe tudo, a ela devo-lhe tudo, por ela dava tudo, por ela fazia a coisa mais "estúpida" de sempre, por ela dava a vida, a ela posso dizer que é das únicas pessoas que quero que permaneçam para sempre comigo. E agora vejo-a feliz como nunca a vi, o que me torna ainda mais feliz, e tudo graças ao César o seu namorado (e um dos meus praxadores), que também já me ajudou imenso nos momentos piores.
Mas ultimamente o meu coração tem andado ainda mais quente, porque conheci das melhores pessoas que existem, o Luís, que por acaso é o meu padrinho de praxe. Ele é a pessoa mais protectora que conheço, e por vezes sou bruta com ele porque não compreendo o excesso de protecção. "somos tão diferentes, mas tão iguais", e é por isso que nos chocámos tanto mas que já não nos separamos. Ele é o meu orgulho, e será para sempre.

Continuo a beber o meu chá, e olho para a Lua. Sorriu e penso que sou feliz só com 3 pessoas. Podem não ser muitos mas são essenciais.

Isabel, amo-te de maneira inexplicável, obrigada por todos nossos momentos
Luís adoro-te, obrigada por seres um verdadeiro protector.
César obrigada por tudo o que já me aturaste.